sexta-feira, 23 de maio de 2014

A paz que trago hoje em meu peito!

Gostaria de dividir esse texto com vocês. Para mim ele fez muito bem.


A paz que trago hoje em meu peito
é diferente da paz que eu sonhei um dia...
Quando se é jovem ou imaturo,
imagina-se que ter paz é poder fazer o que quer,
repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição
ou uma decepção. 

Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.
A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé... 

Ter paz é ter a consciência tranquila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou... 

Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida. 

Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem. 

Ter paz é ter um coração que ama... 

Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar,
é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas. 

Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer não quando é não que se quer dizer... 

Ter paz é ter coragem de chorar ou 
de sorrir quando se tem vontade... 

É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...
Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências...
A paz que hoje trago em meu peito é a tranqüilidade de aceitar os outros como são, e a disposição para mudar as próprias imperfeições. 

É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos...
É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.
A paz que hoje trago em meu peito é a confiança NAQUELE
que criou e governa o mundo...
A certeza da vida futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a ela tiver oferecido. 

Às vezes, para manter a paz que hoje mora em meu peito,
é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio.
Lembre-se de usar o silêncio quando ouvir palavras infelizes; 

Quando alguém está irritado;
Quando a maledicência lhe procura;
Quando a ofensa o golpeia;
Quando alguém se encoleriza;
Quando a crítica o fere;
Quando escuta uma calúnia;
Quando a ignorância o acusa;
Quando o orgulho o humilha;
Quando a vaidade o provoca.
O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz.

Infelizmente desconheço o autor.

Marcão.'.

domingo, 11 de maio de 2014

Feliz dia das Mães


    Acredito que todos tenhamos recordações da nossa infância quando esperávamos com tanta ansiedade esse dia tão marcante para nós. Poder, cada um da sua forma, fazer um agradecimento especial àquela que era tudo para nós. Esse dia era todo especial, e no meu caso começava, infalivelmente, com meu pai colocando em nossa "vitrola" os compactos duplos ou mesmo simples (para quem não conhece eram como os vinis mas com somente 2 ou 4 músicas) com canções gravadas por artistas famosos em homenagem às nossas queridas mamães. Acredito que todos tenhamos momentos marcantes também quando crescemos e formamos nossa família e passamos a ser cúmplices de nossos filhos maquiavelicamente preparando uma surpresa para a mãezinha deles. Quantos momentos lindos passamos juntos às nossas queridas mães que se empenhavam em cozinhar para seus filhos, netos e bisnetos mesmo sendo o seu dia e restando depois uma pia enorme de louças, que mais parecia um castigo, mas elas sempre trataram como o maior prêmio que poderiam receber.

Sendo assim deixo aqui minha homenagem a vocês queridas e amadas mães sempre presentes, seja isso materialmente, espiritualmente ou energeticamente, simples singela como todas vocês são:

Muito Obrigado!


Mensagem Psicografada por Chico Xavier
Pelo Espírito de Celeste Jaguaribe


Mãe que partiu... podes vê-la
Na fé que te reconforta
Toda mãe é como estrela
Que brilha depois de morta
Mãe entregue à sepultura vence trevas e empecilhos
Para ser paz e brandura
A cabeceira do filho
Mãe distante eternamente?!...
Isso nunca sucedeu
Toda mãe está presente
Nos filhos que Deus lhe deu.
Ser mãe!...que golpes extremos
Nas trilhas por onde vamos!...
Dor dos filhos que perdemos
Dor dos filhos que deixamos!...
Mãe morta!...
Em vão me remoço!...
Raiz cortada ao chão
Quero abraçar-vos...
Não posso
Filhos do meu coração




quinta-feira, 24 de abril de 2014

Credo Umbandista

Durante minhas aulas de Sacerdócio com nosso Irmão e Mestre Alexandre Cumino tive o prazer de conhecer essa adaptação feita por um Irmão que infelizmente não guardei o nome e alguns retoques feitos pelo próprio Alê.

Aproveitem e Orem,

Credo Umbandista

Creio em Deus, Onipotente e Supremo;
Creio nos Orixás e nos Espíritos Divinos 
que nos trouxeram para a vida por vontade de Deus;
Creio nas falanges espirituais orientando
os homens na vida terrena;
Creio na reencarnação das almas 
e na Justiça Divina, segundo a lei do retorno;
Creio na comunicação dos guias espirituais 
encaminhando-nos para a caridade 
e a prática do bem;
Creio na invocação, 
na prece e 
na oferenda como atos de fé 
e creio na Umbanda como religião redentora, 
capaz de nos levar pelo caminho 
da evolução até nosso Pai Oxalá.

Amém.



sábado, 12 de abril de 2014

Judas Iscariotes

Todos os anos quando a semana Santa se aproxima muitas pessoas tem um sentimento muito triste ou até rancoroso contra Judas, uma coisa que se tornou milenar. O interessante é que Jesus morreu nos ensinando a perdoar e parece que a mais importante de suas lições nós não somos capazes de assimilar. Divido o texto abaixo com vocês.

Judas Iscariotes

Comunicação mediúnica, recebida em P. Leopoldo, no dia 19 de abril de1935 por Francisco Cândido Xavier

Silêncio augusto cai sobre a Cidade Santa. A antiga capital da Judéia parece dormir o seu sono de muitos séculos. Além, descansa Getsêmani, onde o Divino Mestre chorou numa longa noite de agonia; acolá, está o Gólgota sagrado, e em cada coisa silenciosa há um traço da Paixão que as épocas guardarão para sempre. E, em meio de todo o cenário, como um veio cristalino de lágrimas, passa o Cedron silencioso, como se as suas águas mudas, buscando o Mar Morto, quisessem esconder das vistas dos homens os segredos insondáveis do Nazareno.

Foi assim, numa destas noites, que vi Jerusalém, vivendo a sua eternidade de maldições. Os Espíritos podem vibrar em contato direto com a História. Buscando uma relação mais íntima com a cidade dos profetas, procurava observar o passado vivo dos Lugares Santos. Parece que as mãos iconoclastas de Tito por ali passaram como executoras de um decreto irrevogável. Por toda parte ainda persiste um sopro de destruição e desgraça. Legiões de duendes, embuçados nas suas vestimentas antigas, percorrem as ruínas sagradas e, no meio das fatalidades que pesam sobre o império morto dos judeus, não ouvem os homens os gemidos da humanidade invisível.

Nas margens caladas do Cedron, não longe talvez do lugar sagrado onde o Salvador esteve com os discípulos, divisei um homem sentado sobre uma pedra. De sua expressão fisionômica irradiava-se cativante simpatia.

-Sabe quem é este? -murmurou alguém aos meus ouvidos.

-Este é Judas...

-Judas?

-Sim. Os Espíritos apreciam, às vezes, não obstante o progresso que já alcançaram, volver atrás, visitando os sítios onde se engrandeceram ou prevaricaram, sentindo-se repentinamente transportados aos tempos idos.

Então, mergulham o pensamento no passado, regressando ao presente, dispostos ao heroísmo necessário do futuro. Judas costuma vir à Terra, nos dias em que se comemora a Paixão de Nosso Senhor, meditando nos seus atos de antanho...

Aquela figura de homem magnetizava-me. Não estou ainda livre da curiosidade do repórter, mas entre as minhas maldades de pecador e a perfeição de Judas existia um abismo. Meu atrevimento, porém, e a santa humildade do seu coração ligaram-se, para que eu o entrevistasse, procurando ouvi-lo:

-O senhor é de fato o ex.,filho de Iscariotes? -perguntei.

-Sim, sou Judas -respondeu aquele homem triste, enxugando uma lágrima nas dobras de sua longa túnica. -Como o Jeremias, das Lamentações, contemplo às vezes esta Jerusalém arruinada meditando no juízo dos homens transitórios...

-É uma verdade tudo quanto reza o Novo Testamento a respeito da sua personalidade, na tragédia da condenação de Jesus?

-Em parte... Os escribas que redigiram os Evangelhos não atenderam às circunstâncias e às tricas políticas que, acima dos meus atos, predominaram na nefanda crucificação. Pôncio Pilatos e o tetrarca da Galiléia, além dos seus interesses individuais na questão, tinham ainda a seu cargo salvaguardar os interesses do Estado romano, empenhado em satisfazer às aspirações religiosas dos anciãos judeus. Sempre a mesma história. O Sinedrim desejava 9 reino do Céu, pelejando por Jeová a ferro e fogo; Roma queria o reino da Terra. Jesus estava entre essas forças antagônicas, com a sua pureza imaculada. Ora, eu era um dos apaixonados pelas idéias socialistas do Mestre; porém, o meu excessivo zelo pela doutrina me fez sacrificar o seu fundador. Acima dos corações, eu via a política, única arma com a qual poderia triunfar e Jesus não obteria nenhuma vitória com o seu desprendimento das riquezas. Com as suas teorias nunca poderia conquistar as rédeas do poder, já que em seu manto de pobre, se sentia possuído de um santo horror à propriedade. Planejei, então, uma revolta surda, como se projeta hoje em dia na Terra a queda de um chefe de Estado. O Mestre passaria a um plano secundário e eu arranjaria colaboradores para uma obra vasta e enérgica, como a que fez mais tarde Constantino Primeiro, o Grande, depois de vencer Maxêncio às portas de Roma, o que, aliás, apenas serviu para desvirtuar o Cristianismo. Entregando, pois, o Mestre a Caifás, não julguei que as coisas atingissem um fim tão lamentável e, ralado de remorsos, presumi que o suicídio era a única maneira de me redimir aos seus olhos.

-E chegou a salvar-se pelo arrependimento?

-Não. Não consegui. O remorso é uma força preliminar para os trabalhos reparadores. Depois da minha morte trágica, submergi-me em séculos de sofrimento expiatório da minha falta. Sofri horrores nas perseguições infligidas em Roma, aos adeptos da doutrina de Jesus e as minhas provas culminaram em uma fogueira inquisitorial, onde, imitando o Mestre, fui traído, vendido e usurpado. Vítima da felonia e da traição deixei na Terra os derradeiros resquícios do meu crime, na Europa do século XV.

Desde esse dia em que me entreguei por amor do Cristo a todos os tormentos e infâmias que me aviltavam, com resignação e piedade pelos meus verdugos, fechei o ciclo das minhas dolorosas reencarnações na Terra, sentindo na fronte o ósculo de perdão da minha própria consciência...

-E está hoje meditando nos dias que se foram... -pensei com tristeza.

-Sim... estou recapitulando os fatos como se passaram. E agora, irmanado com Ele, que se acha no seu luminoso Reino das Alturas, que ainda não é deste mundo, sinto nestas estradas o sinal de seus passos divinos. Vejo-o ainda na cruz, entregando a Deus o seu Destino... Sinto a clamorosa injustiça dos companheiros que o abandonaram inteiramente e me vem uma recordação carinhosa das poucas mulheres que o ampararam no doloroso transe. Em todas as homenagens a Ele prestadas, eu sou sempre a figura repugnante do traidor. Olho complacentemente os que me acusam sem refletir se podem atirar a primeira pedra... Sobre o meu nome pesa a maldição milenária, como sobre estes sítios cheios de miséria e de infortúnio. Pessoalmente, porém estou saciado de justiça, porque já fui absolvido pela minha consciência, no tribunal dos suplícios redentores.

Quanto ao Divino Mestre -continuou Judas com os seus prantos -, infinita é a sua misericórdia e não só para comigo, porque, se recebi trinta moedas vendendo-o aos seus algozes, há muito séculos Ele está sendo criminosamente vendido no mundo, a grosso e a retalho, por todos os preços, em todos os padrões do ouro amoedado...

-É verdade -concluí -e os novos negociadores do Cristo não se enforcam depois de vendê-lo.

Judas afastou-se, tomando a direção do Santo Sepulcro, e eu, confundido nas sombras invisíveis para o mundo, vi que no céu brilhavam algumas estrelas sobre as nuvens pardacentas e tristes, enquanto o Cedron rolava na sua quietude como um lençol de águas mortas, procurando um mar morto.
Humberto de Campos

quarta-feira, 26 de março de 2014

Umbanda quem és?

Minha filha Mariane postou esse texto no facebook. 
Achei fantástico e resolvi dividir com todos.

Umbanda quem és?

"Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.
Sou o tambor que ecoa nos terreiros, 
trazendo o som das selvas e das senzalas.
Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.
Sou a senzala do Preto Velho,
a ocara do Bugre, 
a cerimônia do Pajé, 
a encruzilhada do Exu, 
o jardim da Ibejada, 
o nirvana do Indu e o céu dos Orixás. 
Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, 
o charuto do Caboclo e do Exu; 
o cigarro da Pomba-Gira e o doce do Ibeji.
Sou o fluído que se desprende das mãos do médium 
levando a saúde e a paz. 
Sou o isolamento dos orientais onde o mantra 
se mistura ao perfume suave do incenso. 
Sou livre. 
Não tenho Papas. 
Sou determinada e forte. 
Minhas forças? 
Elas estão no homem que sofre e que clama por piedade, 
por amor, por caridade. 
Minhas forças estão nas entidades espirituais 
que me utilizam para seu crescimento. 
Estão nos elementos. 
Na água, na terra, no fogo e no ar; 
na pemba, na tuia, na mandala do ponto riscado.
Estão finalmente na tua crença, 
na tua Fé, que é o elemento mais importante na minha alquimia. 
Minhas forças estão em ti, no teu interior, 
lá no fundo, na última partícula da tua mente, 
onde te ligas ao Criador.
Quem sou? 
Sou a humildade, mas cresço quando combatida. 
Sou a prece, a magia, o ensinamento milenar, sou cultura. 
Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança. 
Sou a cura. 
Sou de ti. 
Sou de Deus.
Sou Umbanda. 
Só isso. Sou Umbanda."

Mensagem recebida do plano da espiritualidade
pelo irmão Elcyr Barbosa.

domingo, 9 de março de 2014

Oração à Família

Há alguns anos, nosso amado Vovô Cândido, Preto Velho que nos acompanhou por mais de 30 anos, nos chamou e solicitou que passássemos a fazer uma Oração voltada à família, dado o momento em que o mundo se encontrava, e ainda se encontra, com tanta desunião e desavenças nas famílias. Naquela mesma semana "coincidentemente" estava fazendo uma pesquisa em um livro da minha mãe, a Vó Cida, quando encontrei dentro dele essa oração abaixo, e desde então passamos a utilizá-la na abertura de nossos trabalhos.


Oração à Família

Senhor, cuida de nosso lar.
Que não se apague o fogo do amor.
Vela pela integridade de nossa família.
Estreita os laços de nosso mútuo afeto,
de modo que nada o consiga violar.
Dá-nos hoje o pão de tua palavra.
Dá-nos também o pão de cada dia.
Conserva-nos a alegria.
Guarda nossos filhos e que
êles tenham saúde e paz.
Fica conosco, Senhor, já que nos
reunimos em teu nome.
Revela-nos tua presença,
no sorriso de nossos filhos,
no nosso mútuo afeto e, mais ainda, 
nas renúncias que nos inspiras
para a felicidade em nosso lar.

Amém.

(desconheço o autor)

sábado, 8 de março de 2014

Tudo Começa com EXU!

    Uma das coisas que aprendemos durante nossos estudos é que tudo começa com Exu, e assim sendo, estou postando uma oração que sempre utilizamos em nossos trabalhos.

PRECE DE EXU

Sou EXU, Senhor.

Pai, permite que assim te chame, pois, na realidade, Tu o és, como és meu criador. 
Formaste-me da poeira Ástrica, mas como tudo que provém de Ti, sou real e eterno.

Permite Senhor, que eu possa servir-Te nas mais humildes e desprezíveis tarefas criadas pelos teus humanos filhos.

Os homens me tratam de anjo decaído, de povo traidor, de rei das trevas, de gênio do mal e de tudo o mais em que encontram palavras para exprimir o seu desprezo por mim; no entanto, nem suspeitam que nada mais sou do que o reflexo deles mesmos. Não reclamo e não me queixo porque esta é a Tua vontade.

Sou escorraçado, sou condenado a habitar as profundezas escuras da terra e trafegar pelas sendas tortuosas da provação.

Sou invocado pela inconsciência dos homens a prejudicar o seu semelhante.

Sou usado como instrumento para aniquilar aqueles que são odiados, movido pela covardia e maldade humanas sem, contudo, poder negar-me ou recorrer.

Pelo pensamento dos inconscientes, sou arrastado a exercer a descrença, a confusão e a ignominia, pois esta é a condição que Tu me impuseste. Não reclamo, Senhor, mas fico triste por ver os teus filhos, que criaste à Tua imagem e semelhança, serem envolvidos pelo turbilhão de iniqüidades que eles mesmos criam, e eu, por Tua lei inflexível, delas tenho que participar.

No entanto, Senhor, na minha infinita pequenez e miséria, como me sinto grande e feliz quando encontro n'algum coração, um oásis de amor e sou solicitado a ajudar na prestação de uma caridade.

Aceito sem queixumes, Senhor, a lei que, na Tua infinita sabedoria e justiça, me impuseste, a de executor das consciências, mas lamento e sofro mais porque os homens até hoje, não conseguiram compreender-me.

Peço-Te, Oh Pai infinito, que lhes perdoe.

Peço-Te, não por mim, pois sei que tenho que completar o ciclo da minha provação, mas por eles, os teus humanos filhos.

Perdoa-os, e torna-os bons, porque somente através da bondade do seu coração, poderei sentir a vibração do Teu amor e a graça do Teu perdão.

Aloroiê Exu
Exu, emojubá

A dor da partida! O reinício!

Durante toda uma vida, nos preparamos para enfrentar momentos de dificuldade, de desespero ou, principalmente, os momentos em que perdemos nossos entes queridos,
Estudamos, procuramos entender e a partir daí aceitar, devido a realidade que nos é colocada com o aprendizado da reencarnação, onde sabemos que esse momento perante a eternidade, em que estamos encarnados, é voltado para a nossa evolução e que os reencontros são certos.
Mas quando a perda vem, vemos o quanto ainda somos pequenos e despreparados. Procuramos culpados, só pensamos naquilo que não fizemos e poderíamos ter feito, precisamos de algo para amenizar a nossa dor e tentamos arrumar fora de nós a força que precisamos para seguir em frente.
Mas não adianta, pois a força que procuramos está dentro de nós, guardada em algum lugar secreto que quando resolvemos nos levantar e reiniciar a nossa jornada ela aparece.
E o que temos, é a nossa crença surgindo e nos dando a sustentação necessária para seguirmos.

São os ensinamentos de humildade dos nossos amados Pretos Velhos mostrando-nos de maneira carinhosa nossas mais secretas conversas e confidências. É a forma severa de nossos sábios Caboclos trazendo-nos a realidade e mostrando-nos o caminho com as lembranças de seus ensinamentos. Abre-me a mente e vejo Crianças encorporadas em corpos cansados que rolam no chão repletos de alegrias, de gargalhadas retiradas do âmago de cada um para nos mostrar que a tristeza deverá sempre estar ausente em nossas vidas. E o que dizer da força de nossos Baianos e Boiadeiros, da controlada esperteza com aparência de displicência dos Marinheiros, ensinamentos que tivemos com palavras rebuscadas dos Caiçaras nos levando ao encontro de nosso Sr Jesus Cristo ao nos lembrar de dividir o Pão.

E foi isso que nos levantou para conseguirmos ter o nosso reinício.

Nossa Babá mudou de Lar, mas deixou-nos um legado, a continuidade de seus trabalhos na Umbanda, a dedicação à caridade.


Esperamos ter a competência necessária para honrar essa missão, pois a Fé e a Força de nossos Guias Espirituais através do Poder dos Orixás é certo que temos.




Obrigado Babá Neuza.